O Vaticano tem mais um problema para resolver. Foi confirmado neste domingo (24) quatro alegações contra um cardeal da Grã-Bretanha, que irá participar do conclave para eleger o novo papa após a renúncia de Bento XVI, é acusado de ter realizado "atos inapropriados" com três padres e um ex-padre na Escócia.
De acordo com o jornal The Guardian, "O papa foi informado sobre o problema e a questão está em suas mãos agora", declarou um porta-voz do Vaticano.
O cardeal Keith O'Brien é líder da Igreja Católica na Escócia e tem sua aposentadoria programada para meados de março, após o conclave. Apesar disso, os responsáveis pela acusação exigem a resignação imediata de O'Brien por causa dos atos que teriam sido cometidos na década de 80. Um dos padres, inclusive, afirma que o cardeal desenvolveu um relacionamento inapropriado com ele, o que resultou na necessidade de aconselhamento psicológico durante um longo período.
O'Brien é um notável oponente dos direitos dos gays, condenando a homossexualidade e a adoção de crianças por casais do mesmo sexo. De acordo com o The Guardian, recentemente ele também declarou que casamentos gays seriam "danosos para o bem-estar físico, mental e espiritual para os envolvidos".
As denúncias foram feitas uma semana antes da divulgação da renúncia do papa Bento XVI e os padres envolvidos acreditam que, com o conclave, é possível que a Igreja Católica não trate completamente os problemas relatados.
Ainda neste sábado (23), o Vaticano teve que lidar com mais uma questão polêmica ao rejeitar as acusações de um jornal italiano que afirmava que a renúncia do papa Bento XVI foi motivada pela descoberta de um esquema de "lobby gay" na Igreja Católica. As informações são do site O Globo.
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